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Famosos contam como tentavam esconder gastos de seus contadores, mas eram pegos pelos profissionais

Miley Cyrus e outros famosos revelam como tentavam esconder gastos indevidos de seus contadores. Entenda as estratégias usadas e as consequências de tais ações

Recentemente a atriz e cantora Miley Cyrus revelou que tinha estratégias para esconder gastos indevidos de seus contadores – no caso, para compra de substâncias ilícitas – mas ela não é a primeira famosa a compartilhar que tentava disfarçar gastos dos profissionais contábeis que a auxiliavam a administrar suas finanças.

Confira abaixo as estratégias compartilhadas por alguns famosos que tentaram – e fracassaram – esconder gastos de seus contadores.

No caso de Miley, a cantora tinha problemas com substâncias ilícitas e revelou que, no auge do vício, acabava usando o termo "roupas vintage" para esconder da contadora seus altos gastos com a compra de substâncias. A artista compartilhou que a contadora sempre recebia recibos de gastos com "roupas vintage" durante turnês. Ela disse que a profissional questionava esses valores de vez em quando, mas ela sempre inventava alguma desculpa.

"Toda vez que ela me via, ela perguntava: 'Onde está aquela camiseta de US$ 15 mil que foi de John Lennon?'. Respondia que estava guardada, que o tecido era delicado e que precisava tomar cuidado". O que, eventualmente, acabou gerando suspeitas da contadora e revelando os gastos indevidos.

Outros casos emblemáticos

Sonegação de impostos

A cantora colombiana Shakira foi acusada pela justiça espanhola de sonegar cerca de €14,5 milhões entre 2012 e 2014. As autoridades alegam que, embora ela afirmasse residir nas Bahamas, passava a maior parte do tempo na Espanha, o que a obrigaria a pagar impostos no país. Shakira nega as acusações e aguarda julgamento.

Fraude fiscal

Em 2016, Messi e seu pai foram condenados por fraude fiscal na Espanha, relacionada à sonegação de €4,1 milhões entre 2007 e 2009. Eles utilizaram empresas em paraísos fiscais para ocultar rendimentos de direitos de imagem. A pena de prisão foi convertida em multa

Sonegação

Por mais inusitado que isso pareça, um dos mafiosos mais conhecidos do mundo, Al Capone, acabou na cadeia por sonegação. Ele não pagou impostos sobre sua fortuna criminosa. A sentença foi de 11 anos de prisão, além de uma multa de US$ 80 mil.

Declarando reformas pessoais como despesas empresariais

A empresária americana Leona Helmsley foi condenada por evasão fiscal em 1989. Ela tentou deduzir reformas luxuosas em sua mansão pessoal como despesas de negócios, incluindo um piso de dança de US$ 1 milhão e outros itens extravagantes. Durante o julgamento, uma ex-empregada testemunhou que Helmsley dizia: "Nós não pagamos impostos; só os pequenos pagam impostos" .

Falha em declarar impostos

O ator Wesley Snipes foi condenado em 2008 por não declarar impostos entre 1999 e 2001, período em que ganhou milhões de dólares. Ele foi sentenciado a três anos de prisão por não apresentar declarações de impostos, embora tenha sido absolvido das acusações mais graves de evasão fiscal.

Declarando residência falsa para evitar impostos

O ex-tenista Boris Becker foi condenado por evasão fiscal na Alemanha em 2002. Ele alegou residir em Mônaco para evitar impostos, mas as autoridades provaram que ele morava principalmente em Munique durante o período em questão. Becker recebeu uma sentença de dois anos de prisão com suspensão condicional e foi multado em €500.000.

Todd e Julie Chrisley (Reality Show "Chrisley Knows Best")

O casal foi condenado por fraude bancária e evasão fiscal após ocultar milhões de dólares em receitas e apresentar documentos falsos para obter empréstimos. Eles transferiram contas bancárias para nomes de terceiros, incluindo familiares, para evitar o rastreamento pelo IRS. O contador deles, Peter Tarantino, também foi condenado por conspiração para defraudar os Estados Unidos e por apresentar declarações fiscais falsas.

Como contadores podem identificar gastos indevidos

1. Análise detalhada de categorias de despesa

  • Despesas rotuladas como "roupas", "consultorias", "serviços diversos" ou "viagens" merecem atenção redobrada.
  • Gasto recorrente com valores elevados em categorias subjetivas pode esconder consumo pessoal ou ilícito.

2. Comparação com o padrão histórico e de mercado

  • Compare os gastos atuais com os históricos do cliente.
  • Analise se os valores batem com médias setoriais, especialmente em empresas.

3. Verificação cruzada de notas fiscais e comprovantes

  • Confira se as notas fiscais têm CNPJs compatíveis com a atividade-fim.
  • Verifique se o fornecedor existe de fato e opera no ramo declarado.

4. Rastreio de pagamentos pessoais com recursos empresariais

  • Transações que envolvem contas bancárias pessoais do cliente podem indicar uso indevido de recursos.
  • Contas conjuntas e cartões corporativos usados para despesas não profissionais também são alertas.

5. Atenção à recorrência de lançamentos manuais

  • Lançamentos manuais em planilhas ou sistemas que não passam por conciliação bancária automática podem camuflar irregularidades.

Dicas para contadores evitarem fraudes ou omissões

1. Adote um processo robusto de auditoria interna

  • Crie checklists para validar a legitimidade dos gastos.
  • Periodicamente, realize amostragens e auditorias cruzadas.

2. Eduque o cliente sobre limites legais e fiscais

  • Explique o que pode ou não ser dedutível.
  • Mostre os riscos de tentar esconder ou camuflar gastos, tanto fiscais quanto reputacionais.

3. Use sistemas contábeis com inteligência artificial

  • Softwares com alertas automatizados ajudam a identificar movimentações fora do padrão.

4. Estabeleça contratos claros e ética profissional

  • Defina as responsabilidades do contador e do cliente.
  • Tenha respaldo legal caso identifique tentativas de fraude ou simulação contábil.
  • 5. Exerça ceticismo profissional

  • Mesmo com clientes de longa data, mantenha uma postura de questionamento saudável.
  • Lembre-se: o contador não é conivente, mas sim guardião da conformidade.
  • Contadores não apenas registram números, mas protegem a integridade do patrimônio de clientes — e, muitas vezes, a legalidade de suas ações. Com processos bem definidos, postura ética e uso inteligente da tecnologia, é possível detectar e evitar gastos indevidos, mantendo a contabilidade como aliada da transparência.

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