Especialistas apontam riscos à livre concorrência e à isonomia tributária com as regras do novo programa de mobilidade sustentável.
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Juro futuro mostra Selic em 10,75%
Mais um ponto a se considerar é que o juro global deve continuar baixo por mais alguns trimestres.
Inflação bem comportada e piora na expectativa de crescimento mundial davam respaldo à queda nas taxas de juros futuros. Agora, é o próprio Banco Central (BC) que patrocina o movimento de baixa.
Ontem, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, falou em menor risco de inflação nos últimos anos, considerando o cumprimento da meta desde 2004, menor endividamento público e reservas internacionais elevadas. Disse ainda que há uma queda de juros consistente no país e que as taxas devem atingir "padrões internacionais" nos próximos anos.
O mercado reagiu prontamente às declarações e praticamente decretou o fim do ciclo de aperto monetário, ou seja, a Selic fica em 10,75% ao ano. Os contratos de juros mais longos também passaram por forte ajuste de baixa. Janeiro de 2012, referência de mercado por concentrar a liquidez, perdeu 0,14 ponto, para fechar a 11,33%, nova mínima do ano.
Esse recente movimento de baixa nos juros futuros, aliado à queda nas expectativas de inflação, também mexe com o juro real. Ontem, a taxa real (considerando swap 360 dias e a mediana do Focus) caiu a 5,92%, voltando à taxa observada ao final de março, antes, portanto, do início do ciclo de aperto monetário.
Voltando à curva futura, parte do mercado enxerga que tal postura de Meirelles não só pela fala de ontem, mas também pela ata e outras declarações, aumenta a probabilidade de juros estáveis em 2011.
Pelas contas do economista-chefe do Banco Safra de Investimento, Cristiano Oliveira, essa probabilidade subiu de 30% para digamos 50%. Mas a confirmação disso passa pelo comportamento da cena externa.
Dentro do contexto de menor atividade global - veja a economia americana, que se recusa a crescer mesmo depois de todo o estímulo fiscal e monetário -, Oliveira pondera que não parece ser necessário colocar a taxa real de juros muito acima do patamar neutro, estimado entre 6% e 7%.
Mais um ponto a se considerar é que o juro global deve continuar baixo por mais alguns trimestres.
Já o chefe de pesquisa para América Latina da Nomura Securities, Tony Volpon, encarou a fala de Meirelles como uma indicação de que o BC já estaria pensando em cortar os juros. Cabe lembrar que Volpon trabalha com queda na taxa Selic para 10% em 2011.
Na avaliação do especialista, o BC entendeu que o crescimento em ritmo chinês do primeiro trimestre não voltará a acontecer e que os riscos externos são de queda de crescimento e deflação. Outro ponto considerado pelo especialista é que Meirelles estaria contando com um quadro de ajuste fiscal no início do próximo governo.
Com outra percepção, o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, pondera que as considerações do BC e o movimento de mercado têm respaldo nesse cenário externo pouco animador, mas o fato é que o risco de algum repique na inflação por conta da demanda doméstica está sendo ignorada.
"O BC teria que manter uma postura neutra. Com essas atitudes, ele fecha curva e aumenta os riscos para 2011. Não dá para achar que o jogo contra a inflação está ganho", diz Petrassi.
O gestor também acredita que o BC volta a pecar na forma de comunicação com o mercado. "Nunca foi postura dele fazer esse tipo de declaração. Tem alguma coisa estranha no ar."
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