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Perspectivas 2010: o que esperar do comportamento dos preços no próximo ano
Apesar de a crise ter desempregado muitos brasileiros, a população que permaneceu empregada teve aumento real de renda
O aumento na renda média da população, a taxa básica de juros no menor nível histórico e a recuperação do desempenho da economia, após a crise financeira internacional, podem compor um cenário ideal para uma alta nos preços em 2010, embora especialistas não acreditem em crescimento da inflação em ritmo muito acelerado no próximo ano.
Apesar de a crise ter desempregado muitos brasileiros, a população que permaneceu empregada teve aumento real de renda – os salários subiram mais do que a inflação, explica o economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV, André Braz. “Isso alavancou o consumo, sobretudo de serviços, fazendo com que eles encontrassem espaço para aumentar de preço, mesmo atravessando um desaquecimento na atividade econômica”, disse Braz.
Como acredita que a massa salarial continuará crescendo no ano que vem, o economista avalia que o mesmo fenômeno nos serviços pode se repetir. “Estacionamentos, refeições fora de casa, serviços médicos, empregados domésticos. Todos eles tiveram variação média muito acima da inflação anual. Alguns inclusive superaram a casa dos 10% - os seguros, por exemplo”, destacou Braz.
Apesar do aumento salarial, o coordenador do grupo de análises e previsões do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas), Roberto Messemberg, não acredita em um aumento expressivo no consumo em 2010, o que poderia pressionar para cima a inflação.
“Não creio em uma explosão na demanda que atinja o máximo que o Brasil pode produzir”, disse ele. “Talvez em 2011 vejamos alguma inflação, mas os fatores que dizem respeito ao aumento na procura em relação à oferta de produtos, o que sempre eleva os preços, não está presente em 2010. Vejo um cenário absolutamente tranquilo no próximo ano”, prevê Messemberg.
Alimentos podem aumentar
O preço do grupo Alimentos e Bebidas é um dos que podem causar algumas surpresas em 2010. O desempenho deste grupo no ano exerceu grande influência para puxar para baixo os indicadores de inflação. Enquanto o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado do ano foi de 4,18%, o grupo Alimentos ficou em 3,08%.
Em dezembro, o IPCA ficou em 0,38%, abaixo dos 0,44% de novembro. No mesmo mês, os preços dos alimentos desaceleraram de 0,39% em novembro para 0,17% em dezembro.
“Especialmente os produtos industrializados, que têm um peso maior no orçamento familiar, como arroz, feijão, carnes, que este ano não influenciaram tanto os indicadores, no ano que vem devem ter um comportamento diferente”, prevê Braz.
Ele diz também que as carnes também tiveram o preço bastante reduzido em 2009, comportamento que não deve se repetir em 2010. O Brasil é um grande exportador de carne bovina e, com a crise, muitos contratos de exportação foram rompidos conforme a demanda internacional caía.
“O mercado brasileiro ficou mais abastecido, o que ajudou a diminuir o preço internamente”, disse. “A economia mundial se recupera. Assim, veremos uma retomada nas exportações, levando a uma leve escassez de produtos no mercado doméstico e elevando os preços.
Para Messemberg, do Ipea, “pode ocorrer um choque temporário de preços de alimentos, com a recuperação da produção da China. Mas com o câmbio valorizado, não vejo isso sento muito problema para a inflação em 2010”.
Transporte público caro
As tarifas públicas também devem ficar mais caras no próximo ano. Além do já anunciado aumento no valor da passagem de ônibus municipal de São Paulo, as demais tarifas públicas costumam repetir a inflação registrada no ano anterior.
“Esse aumento no ônibus é uma variável importante, porque São Paulo é a capital que mais pesa nos índices de inflação”, afirma o economista da FGV. “Um movimento assim pode ser repetido em outras cidades, engrossando a influência”.
Economia reaquecendo
André Braz salienta que 2010 é um ano de reaquecimento da economia e isso impulsiona o consumo e cria um ambiente de aumento de preços. “É natural esperar uma alta na inflação em um momento no qual a gente espera que a economia se recomponha da crise”, disse ele. “Acho que tem espaço para os preços aumentarem no próximo ano, sim, mas sem comprometer os objetivos de meta de inflação”, completou.
Já o economista do Ipea, Roberto Messemberg, enfatiza que, para ocorrer elevação nos preços em 2010, o consumo precisaria aumentar muito. “Apesar de o crédito para pessoa física estar melhorando, ele não cresce tanto quanto as pessoas têm dito”, declarou.
A retirada das isenções fiscais previstas para o próximo ano, como a retomada do IPI integral para automóveis, materiais de construção, eletrodomésticos da linha branca e móveis, pode até fazer com que os preços se elevem, mas existe uma compensação: o consumo, para Messemberg, pode não ter a expansão toda que o mercado espera.
“Eu acredito na retomada dos investimentos tanto público quanto privado em bases que aumentem a capacidade de produção das empresas, aumentando a oferta de produtos e serviços, o que vai gerar uma situação confortável no nível de preços em 2010”, finalizou.
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