Aplica-se o entendimento, quanto ao afastamento da responsabilidade tributária, fixado no Parecer Normativo Cosit nº 1, de 24/09/2002, considerando a ineficácia das normas no período
Área do Cliente
Notícia
Por que é tão difícil vender soluções para obrigações fiscais?
Imagine que você irá passar férias na Disney, em Orlando. Vamos planejar nossa viagem: o custo do voo, ida e volta, comprado com antecedência, está em torno de R$1.600,00
Imagine que você irá passar férias na Disney, em Orlando. Vamos planejar nossa viagem: o custo do voo, ida e volta, comprado com antecedência, está em torno de R$1.600,00, sem taxa de embarque; você conseguirá um hotel bem interessante por U$85 a diária; e os ingressos para cinco dias nos parques Disney sairão por U$340,00 por pessoa. Até agora seu orçamento, considerando um casal com um filho, está em R$9.710,00.
Mas, calma, que ainda tem as despesas adicionais. Serão R$252,00 pelo passaporte, U$160 pelo visto e R$460,00 pelas taxas de embarque, num total de R$13.514,00. Ou seja, você terá 39% a mais somente de custos obrigatórios. Agora, lhe pergunto: quanto você gostaria de pagar por estas despesas adicionais?
Obviamente que a maioria das pessoas responderá: “zero, zero, vezes zero!” Claro, por que pagar por algo que não traz benefícios diretos?
Do hotel aproveitamos o conforto, as áreas de lazer, a comodidade. O voo, por menos confortável que seja, faz parte da jornada, e pode ser até mesmo divertido, dependendo do perfil da sua família. Já a Disney não tem preço! Tem o valor de um momento memorável, eterno. Antes, durante e depois.
Transfiramos, então, esta linha de raciocínio para as empresas. Por que você acredita que os empresários gostariam de pagar pela emissão de guias de pagamento de tributos? Qual o motivo que levaria ao prazer de pagar para cumprir uma obrigação acessória – que, diga-se de passagem, além de carregar o fardo de obrigação incorpora, a megera adjetivação de “acessória”?
Ninguém, com saúde mental na faixa normal, gosta de pagar por aquilo que não deseja. Temos vários outros exemplos disto, como o extintor de incêndio para automóveis. Recentemente vivemos o vexame de termos uma norma legal nos obrigando a trocar de modelo, sendo que algum tempo depois ele deixou de ser um “acessório” automotivo obrigatório. Em um passado pouco mais distante, houve algo similar com o famoso “kit de primeiros socorros”.
Enfim, o que foge a qualquer teoria mercadológica é tentar colocar preço alto em algo que deve ser adquirido pelo consumidor única e exclusivamente pelo seu caráter obrigatório. Para conseguir isso, só com monopólio ou cartel.
Considerando as metodologias de marketing e vendas, uma obrigação pode ser usada para criar senso de urgência em um processo comercial. Mas não dá para gerar valor a partir dela.
Então, o que fazer? Como sair da famigerada disputa por preço? A única solução possível é fazer um upgrade no vendedor de soluções. Ficar sentado, esperando que os clientes comprem seus serviços, suas soluções só porque você as considera “as melhores da galáxia”, não é exatamente uma boa estratégia. O melhor caminho é utilizar metodologias globalmente reconhecidas para as ações de marketing e vendas.
Na década de 1970, surgiram as primeiras metodologias de vendas consultivas que atribuem o sucesso do processo comercial nas fases de investigação e apresentação de capacidades.
Já depois dos anos 1980 grandes corporações do setor tecnológico utilizaram essas técnicas. A mais popular é a Solution Selling. Em seguida, surgiram outras, como a SPIN Selling.
A base destes métodos é o diagnóstico de dores dos clientes e a mensuração do “custo de não fazer nada”. Com isso, o Vendedor 2.0, ou “consultor de vendas”, seria capaz de apresentar a melhor solução para seus clientes, bem como provar que o custo de resolver o problema é menor que o de “ficar como está”.
Atualmente, utilizar estas técnicas ajuda, mas ainda não resolve. O mundo do Superconsumidor, hiperconectado, superexigente e ultrainformado demanda que o Vendedor 3.0 vá além do trabalho puramente consultivo na busca de soluções para seus clientes.
A grande mudança é que este profissional precisa ser uma fonte de vantagem competitiva para seus compradores. Ele é um estrategista que constrói, juntamente com o cliente, as estratégias e os diferenciais competitivos de ambas empresas.
Ou seja, de parceiro ele passa a ser um cocriador de modelos de negócios. Simultaneamente, os clientes retribuem a gentileza cocriando os produtos e serviços do fornecedor, alinhados com a visão estratégia dos envolvidos.
Ora, se o profissional da contabilidade quer ser um consultor estratégico para as empresas, não há como evitar o aprendizado dessas metodologias. Fácil? Certamente não.
Mas, para encarar a nova realidade de mercado, é preciso compreender modelos de negócios, identificar oportunidades estratégicas e conhecer muito bem as perspectivas de futuro do mercado do seu cliente. Enfim, transformar-se em estrategista para seu próprio negócio. Afinal, ninguém pode fazer para os clientes o que não pratica em sua própria casa.
*Roberto Dias Duarte é sócio e presidente do Conselho de Administração da NTW Franquia Contábil.
Notícias Técnicas
O ADI nº 1/2025 dispõe sobre a interpretação do Ex 01 do código 8706.00.10 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, aprovada pelo Decreto nº 11.158, de 29 de julho de 2022
Faltam poucos dias para o fim de julho e a agenda contábil não para! Conheça as 6 obrigações acessórias que vencem entre domingo (20) e o último dia útil do mês
Instrução Normativa traz as condições para fruição dos benefícios fiscais para empresas exportadoras que tenham projeto aprovado pelo Conselho Nacional das ZPEs
Oportunidade em alta: por que o mercado de condomínios cresce no Brasil
Notícias Empresariais
A inteligência emocional organizacional será, cada vez mais, o que separa empresas que apenas funcionam daquelas que realmente inspiram, transformam e prosperam
Descubra quais habilidades vão dominar o mercado de trabalho brasileiro nos próximos anos e como se preparar para garantir sua empregabilidade
A novidade tende a simplificar a gestão financeira dos empreendedores, mas é preciso analisar quando é vantajoso
Equívocos no recolhimento de tributos, falta de planejamento e desconhecimento da legislação podem resultar em autuações e multas de até 225%
Conheça os principais pontos para não cair em erros e desenquadrar do regime
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional